Assista o filme e leia o livro: Forrest Gump

Outro dia eu estava revendo alguns trechos de um dos meus filmes favoritos Forrest Gump e lembrei o quanto essa adaptação conseguiu melhorar o enredo e o personagem do livro homônimo escrito por Winston Groom em 1994 e também pensei quantas pessoas não devem saber que ótimos filmes como esse são adaptações cinematográficas de livros… Por isso, decidi criar uma série de postagens referentes a esse tema, então arrume um marca página e prepare a pipoca.

Senta que lá vem a história

Robert Zemeckis pode não ter o nome devidamente reconhecido entre os diretores mais importantes do cinema, mas algumas de suas obras são eternas, como a trilogia De volta para o futuroUma Cilada Para Roger RabbitBeowulf e entre as minhas favoritas sempre estará Forrest Gump, personagem que ganhou vida com a interpretação fantástica de Tom Hanks (atuação que acabou lhe rendendo o Oscar de melhor ator) além de outras estrelas como Robin Wright (A princesa prometida, House of Cards), Sally Field (Uma babá quase perfeita) e Gary Sinise (CSI , Apollo 13).

Corra, Forrest! Corra!

O enredo abraça o termo “contador de histórias” porque, assim como em Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas (2004) tem um protagonista não muito confiável como narrador e todos os perrengues que ele passou (principalmente em momentos históricos) desde a escola, ao se tornar jogador de futebol americano, no exército etc, foram fatos que marcaram os personagens que orbitavam em torno do Forrest, mas que não significaram quase nada para ele.

A sinceridade que todos nós acreditamos

O filme não brilha só pelos acontecimentos narrados em primeira pessoa, mas também pela envolvente relação marcada por encontros e desencontros com Jenny Curran (Robin Wright) e o amor incondicional que Forrest nutre desde a infância por ela mostra seu lado inocente e protetor (quando ele briga com quem a trata mal) e, ao mesmo tempo, o roteiro mostra uma faceta cheia de cicatrizes de suas personagens mulheres, como a mãe dele (Sra. Gump, interpretada por Sally Field) que se subjuga aos outros pelo bem de seu filho autista, além da própria Jenny, que sofrera abusos desde a infância até se tornar uma personagem quebrada e evasiva em suas relações.

Para quem não assistiu, recomendo que vá ver essa obra-prima e depois vá escutar o episódio do Rapaduracast que fala do filme (acesse aqui).

Diferenças entre livro e filme: fui ler o livro praticamente 10 anos depois de assistir o filme pela primeira vez e tive algumas decepções quanto ao próprio personagem. Talvez pela linguagem escrita, ou mera opinião minha, não consegui interpretar o Forrest do livro com a mesma profundidade que o Forrest do filme – aliás, há um certo exagero do autor Winston Groom, que chegou a colocar nosso querido protagonista em uma missão espacial, gerando uma “barriga” enorme na leitura – e isso me incomodava em alguns momentos. O filme conseguiu se sobrepor nesse aspecto, dando ritmo à história e enaltecendo qualidades humanas que só o Forrest do cinema conseguiu. Apesar das minhas críticas, a leitura vale a pena para aqueles que se encantaram com os personagens, além de ser uma forma de entender a concepção da narrativa no estilo “contador de histórias”.

Tchau

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