J. Kendall 145: Aventuras de uma criminóloga

Em A arte do falso, Júlia Kendall precisa da ajuda do ladrão profissional Tim O’Leary para desvendar um assassinato que envolve o submundo do comércio de obras de arte. Na segunda história, Perseguição obsessiva, um pesquisador vai à polícia para tentar se proteger de um desconhecido stalker à medida que começa a receber ameaças cada vez mais agressivas.

A arte do falso

Roteiro: Giancarlo Berardi e Maurizio Mantero
Arte: Luigi Pittaluga

O crítico e comerciante de arte Derek Watts é atropelado ao sair da Horse Gallery. Não foi acidente como era de se supor, pois o motorista estava de tocaia e esperou o momento certo para assassinar Watts, que andava pela calçada. É com o início das investigações que ficamos sabendo da existência de uma pequena divisão de roubos e falsificações de obras de arte dentro da polícia de Garden City, encabeçada por William Peabody.

A participação do investigador Peabody é essencial para descobrirmos que a vítima não era bem um santo; Watts, além do trabalho legal, tinha um pezinho no crime atuando como falsário. A informação é fator decisivo para Júlia Kendall tomar uma decisão: ela pede ajuda a um ladrão profissional, Tim O’Leary.

Júlia precisa se arriscar nas alturas

Aparentemente os dois já haviam se cruzado em aventuras anteriores, por isso soa natural durante a história que a criminóloga tenha confiança em alguém que age nas sombras. Além do mais, O’Leary é como o “bom ladrão” deve ser, um gatuno galanteador à moda antiga cujo único objetivo é o lucro, mas sem ultrapassar seus limites éticos. Com isso, Júlia tem um aliado que conhece os dois lados da lei.

Não é uma história de planejamento e roubo como Uma Saída de Mestre, afinal estamos do lado certo da lei, mas é interessante ver O’Leary em ação, usando suas ferramentas e técnicas de roubo para ajudar a solucionar um crime maior. Há um certo momento da trama – que inclusive ilustra a capa da edição – no qual Júlia Kendall e Tim O’Leary precisam quebrar certos protocolos e leis para que a justiça prevaleça.

Perseguição obsessiva

Roteiro: Giancarlo Berardi e Lorenzo Calza
Arte: Matteo Giurlanda, Valerio Piccioni e Luca Bonessi

O que você faria se recebesse uma carta anônima te ameaçando e, logo em seguida, alguém colocasse fogo na sua garagem? A situação desesperadora do professor Graham Compton estava se agravando, até que ele pediu medidas protetivas contra seu desconhecido perseguidor. Tudo acontece muito rápido e, de uma noite para outra, Compton acaba matando seu agressor dentro de sua própria casa!

O professor Compton recebe ameaças de um stalker

Segundo a vítima, o stalker era seu colega que, movido pela inveja e ganância, queria tomar seu posto de diretor no centro de pesquisa. Ao buscar informações com os colegas de trabalho e familiares para esclarecer as motivações do crime, Júlia Kendall se depara com algumas questões interessantes que podem mudar o rumo das investigações. Quem está mentindo e por quê?

Um ponto de destaque são as entrelinhas nas histórias de Júlia Kendall que estão sempre presentes e são importantes para tornar a personagem tão fascinante. Nesta edição, além de solucionar um crime, Júlia tem a companhia do namorado Ettore Cambiaso que a ajudará a compreender um pouco mais sobre as (difíceis) relações humanas e suas motivações mais importantes na vida.

*Veja mais imagens no Instagram @anemia_cerebral e tudo de Júlia Kendall aqui no blog.

**Agradecemos à Mythos Editora pelo exemplar 😘

J. Kendall 145: Aventuras de uma criminóloga
A arte do falso / Perseguição obsessiva
Editora : Mythos
Capa comum : 260 páginas

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