Diferentemente do Tex representado por Serpieri no volume de estreia, a segunda edição da série de graphic novels traz o velho e conhecido ranger como ele foi originalmente concebido. Frontera! é outra história de caçada e vingança lindamente contada por meio das mãos do roteirista Mauro Boselli e com arte de Mario Alberti, figuras já conhecidas no mundo bonelliano.
Apesar da premissa clássica, assuntos relevantes e atuais fazem parte da história, principalmente racismo, que é o mote catalisador da trama.
A trama com leves spoilers
Aproveitando a liberdade criativa proposta pela coleção, a aventura se passa em tempo pregresso à habitual linha do tempo. Inicialmente apresentado como um fora da lei, encontramos Tex acorrentado, tal qual uma fera indomável, em uma penitenciária na fronteira do México com o Texas. Uma personagem importantíssima para a trama, a francesa Blanche Denoel, utiliza suas artimanhas – muita astúcia e, por que não, sensualidade – para pô-lo em liberdade.
Mas não estamos falando de benevolência. Trata-se de uma troca condicional: Blanche liberta Tex do cárcere e ele deve ajudá-la a capturar o assassino de seu pai. Parece algo simples em se tratando de Tex Willer, capturar um bandido e ponto. Não é.
O alvo em questão é um ranger chamado Dan Shannon, que provavelmente tem comparsas dentro da “organização”. Daí em diante, Blanche e Tex precisarão planejar muito bem suas ações a fim de separar o joio do trigo no grupo dos Texas Rangers.
Com personagens bem estruturados e com motivações bem desenvolvidas, a história cativa também pela narrativa crescente sem uso exagerado de chumbo. Para mim, Blanche rouba a cena porque faz uso de sua inteligência para derrotar os rangers desleais como peças de um jogo de xadrez, cujo rei a ser batido é Dan Shannon.
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*Veja mais imagens no Instagram @anemia_cerebral e tudo de Tex aqui no blog.